A Comissão Científica da Organização Mundial de Saúde
Animal (OMSA) aprovou, nesta segunda-feira (24), o pedido do Brasil e da
Bolívia para o reconhecimento internacional como zonas livres de febre aftosa
sem vacinação. A medida representa um avanço significativo dentro do processo
de certificação, mas ainda depende da aprovação final dos países-membros da
OMSA, em Assembleia Geral, prevista para maio deste ano.
A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso
(Famato), que acompanha de perto o andamento desse pleito, destaca que a
certificação trará impactos positivos para a pecuária do estado e do país,
ampliando o acesso a mercados internacionais mais exigentes e fortalecendo a
competitividade dos produtores.
O pedido faz parte de um trabalho conjunto da equipe
gestora estadual do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa
(PNEFA), coordenado pelo Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso
(Indea-MT), com apoio da Famato e demais entidades do setor produtivo.
O presidente da Famato, Vilmondes Tomain, reforça que o
resultado da Comissão Científica representa uma etapa fundamental dentro do
processo, mas ainda há passos importantes a serem dados.
“Recebemos com atenção e responsabilidade essa aprovação
dentro da Comissão Científica da OMSA. Esse é um avanço importante para o setor
produtivo, mas seguimos acompanhando de perto todo o processo até a votação
final em maio. O reconhecimento internacional da nossa condição sanitária abre
novas oportunidades para os pecuaristas e para o agronegócio brasileiro.
Estamos atentos aos próximos desdobramentos e continuaremos trabalhando para
garantir essa certificação.”
A decisão final sobre o status sanitário do Brasil e da
Bolívia será tomada na Assembleia da OMSA, quando os países-membros votarão a
concessão oficial do reconhecimento. Até lá, a Famato segue monitorando os
trâmites e mantendo o setor produtivo informado sobre cada etapa desse
processo.