A colheita da soja para a safra 2024/25, em Mato Grosso,
alcançou 99,92% dos 12,66 milhões de hectares estimados até o dia 28 de março,
com um avanço semanal de 0,44 pontos percentuais.
Apesar de todos as intercorrências no início do plantio,
a safra vai terminando com boa vantagem sobre ritmo de colheita de anos
anteriores, como apontam os analistas do Instituto Mato-grossense de Economia
Agropecuária (Imea).
O indicador é 0,24 p.p. acima do observado no mesmo
período do ano passado e 0,95 p.p. à frente da média dos últimos cinco anos.
Em relação às regiões de Mato Grosso, a Centro-Sul
finalizou, na semana passada, os trabalhos a campo.
Além disso, as regiões Nordeste, Sudeste e Oeste alcançaram
99,94%, 99,91% e 99,47% das áreas finalizadas, respectivamente.
Segundo os analistas, é importante ressaltar que, na
região ]Oeste, apenas os municípios que compõem o Vale do Guaporé ainda não
finalizaram os trabalhos nas lavouras de soja.
Por fim, com a colheita praticamente finalizada no
Estado, a produção de soja da temporada poderá ser a maior da história,
estimada em 49,62 milhões de toneladas, um volume que tem pressionado os preços
da oleaginosa.
No entanto, ainda são valores maiores do que os do mesmo
período do ano passado.
Com base nos dados obtidos no projeto Imea em Campo e no
levantamento realizado junto aos agentes de mercado em fevereiro, o instituto
revisou a projeção de safra de soja para a temporada 2024/25 em Mato Grosso.
No que se refere à área, a estimativa foi mantida em
relação ao relatório anterior, permanecendo em 12,66 milhões de hectares, o que
representa um aumento de 1,47% em relação à safra 2023/24.
Já a produtividade média apresentou alta de 5,22% em
relação à projeção anterior e de 25,22%, em comparação com a safra passada,
alcançando 65,31 sc/há.
Os analistas explicam que o percentual representa um
recorde no indicador.
Esse desempenho reflete as condições climáticas
favoráveis.
Apesar do atraso das precipitações no início da semeadura
e do prolongamento do ciclo da cultura, os volumes de chuva se normalizaram ao
longo do desenvolvimento das lavouras, favorecendo o potencial produtivo na
maior parte das regiões do Estado.
No entanto, é importante destacar que, em algumas
localidades, as avaliações do Imea em Campo apontaram que áreas de plantio
precoce foram impactadas pelos elevados volumes de chuva, resultando em um
aumento na incidência de grãos avariados.
Com a manutenção da área cultivada e o aumento da
produtividade, espera-se uma safra recorde em 2024/25, totalizando 49,62
milhões de toneladas, com crescimento de 5,22% em relação à estimativa de
fevereiro e de 27,05% frente à safra 2023/24.