A Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT) tem
implementado estratégias significativas para enriquecer e diversificar a
alimentação dos alunos nas escolas estaduais. No ano de 2024, por exemplo, a
Pasta utilizou 51,84% do recurso do Programa Nacional de Alimentação Escolar
(PNAE) para aquisição de produtos oriundos da Agricultura Familiar para
alimentação escolar dos estudantes da rede.
O montante está 21,84% acima dos 30% recomendados pela
Lei nº 11.947/2009.
“Investir além do que determina a lei mostra que a Seduc
cumpre o seu compromisso com a educação e valoriza as cadeias produtivas que
hoje fazem parte do contexto educacional”, analisa o secretário de Educação,
Alan Porto.
Em 2019 os alimentos da agricultura familiar
representavam 18,96% do investimento do recurso do PNAE, e avançou, gradativamente,
com as políticas do Governo do Estado para apoiar a agricultura familiar, tanto
no cultivo quanto na comercialização da produção e, sobretudo, pelo interesse
em melhorar a qualidade das refeições servidas aos estudantes.
O secretário Alan Porto observa que o PNAE e a
agricultura familiar formam uma parceria estratégica que beneficia diversos
atores, principalmente os estudantes, que podem ter acesso a alimentos mais
saudáveis, frescos e produzidos de forma sustentável, contribuindo para uma
melhor qualidade de vida e aprendizado.
“Por meio dessa parceria, os agricultores familiares conseguem escoar sua
produção, garantem uma renda mais justa e estimula a sua permanência no campo.
Outra vantagem é o fortalecimento da economia local e o respeito a cultura
alimentar de cada região”, afirma.
Alan observa que, diante da necessidade de garantir uma
alimentação escolar mais nutritiva e adequada às necessidades dos estudantes, o
valor per capita destinado à alimentação escolar foi reajustado em outubro de
2022.
A rede estadual oferece até duas refeições diárias nas
escolas de ensino regular e até cinco nas de ensino integral. Ao todo, o
Governo do Estado está investindo R$ 160 milhões na alimentação escolar neste
ano. Essa medida, além de garantir a segurança alimentar e nutricional dos
estudantes, contribuiu para o aumento da permanência desses na escola e para a
melhoria do desempenho escolar.
“Com o aumento dos recursos foi possível ampliar a oferta
de alimentos, especialmente frutas, verduras, laticínios e peixe nos cardápios
escolares. Essa mudança impulsionou a aquisição de produtos da agricultura
familiar e, através do Sistema de Gestão da Seduc, foi apurado este crescimento
registrado em 2024”, ressalta o secretário.
Esse processo, por meio das chamadas públicas para
aquisição de gêneros alimentícios da Agricultura Familiar e Empreendedor
Familiar Rural, destinadas à alimentação escolar na rede estadual de ensino,
contou com a participação das diretorias regionais de educação, em parceria com
a Secretaria de Estado Agricultura Familiar (Seaf) e a Empresa Mato-grossense
de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer).