Com o fim do período chuvoso e o início da estiagem, um
dos setores que mais sente os impactos climáticos é a pecuária. Pensando nisso,
a Administração Municipal de Alta Floresta, por meio da Secretaria de
Agricultura e Pecuária, tem apoiado os produtores rurais na produção de
silagem.
De acordo com o secretário de Agricultura e Pecuária,
Marcelo Fernando Pereira Souza, mais de 20 produtores já foram atendidos, com a
produção de silagem de milho, sorgo e capiaçu. “Esse trabalho contribui
diretamente para a alimentação do gado, considerando que o período de estiagem
impõe grandes desafios às pequenas propriedades”, destacou o secretário.
Segundo levantamento da Secretaria, a produção de silagem
varia entre 50 e 100 toneladas por hectare, dependendo da cultura plantada.
Conforme a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) – Gado de
Corte, entre as vantagens da silagem estão: produção de 30% a 50% mais
nutrientes em comparação à produção de grãos; manutenção do valor nutritivo
quando ensilada adequadamente; liberação antecipada da área para cultivo da
safrinha ou formação de pastagem; menor necessidade de espaço para armazenamento
por unidade de matéria seca em relação à fenação; alta aceitabilidade pelos
animais; processo totalmente mecanizado; menor custo com máquinas em relação à
fenação; e menor dependência das condições climáticas.
No Estado de Mato Grosso, especialmente no município de
Alta Floresta, o período de estiagem compreende o intervalo entre meados de
maio e meados de setembro. No entanto, é comum, por volta de agosto, a
ocorrência de uma chuva esporádica, popularmente conhecida como “chuva do
caju”.