Alta Floresta - Quarta-Feira, 15 Mai 2024

Pegada de carbono do campeão de produtividade de soja foi 61% menor

Vencedor do Cesb 2023 obteve rendimento de 134,46 sacas de soja no hectare auditado

Canal Rural

Foto: Ministério da Agricultura
A produção de soja é um dos pilares da economia brasileira. Para destacar os agricultores que mais se empenham no cultivo, o Desafio Nacional de Máxima Produtividade da Soja, do Comitê Estratégico Soja Brasil (Cesb), premia as lavouras que obtiveram os maiores rendimentos médios por hectare.

Para obter pontuação máxima no concurso, o alto desempenho em critérios de sustentabilidade, como redução da pegada de carbono, uso eficiente de recursos naturais e do solo é imprescindível.

Nesta edição de 2023, os grandes vencedores foram o produtor João Lincoln Reis Veiga e o consultor Gerson Justo Júnior, da Fazenda Congonhal, de Nepomuceno, Minas Gerais. A marca atingida por eles, na categoria cultivo Sequeiro/Nacional e cultivo Sequeiro/Sudeste, foi de 134,46 sacas de soja na área auditada.

Além de produtividade que representa mais que o dobro da média nacional, o conceito de sustentabilidade se fez presente nos talhões inscritos no Desafio.

“O vencedor do prêmio, dentro de sua categoria, é aquele que consegue uma produção sustentável e rentável de soja, ou seja, é capaz de reduzir as emissões de gases de efeito estufa, a quantidade de produtos químicos no solo e o consumo de água, garantindo uma alta produtividade”, salienta a especialista de Sustentabilidade Aplicada da Fundação Eco+, Vitória Lanes. As análises dos competidores do prêmio são feitas pela entidade.

Redução da pegada de carbono na soja
 
Vitória conta que para cada quilo de soja produzida pelo campeão nacional de 2023, houve uma redução notável em diversos aspectos ambientais e econômicos. “Quando falamos sobre pegada de carbono, por exemplo, o resultado foi um impacto 61% menor que a média do restante dos competidores”.
 
De acordo com ela, esse resultado pode ser atribuído à produtividade, que é 55% maior que média da Região Sudeste, de modo que a área de cultivo necessária para produção de 1 kg de soja é menor, resultando em menores emissões de CO2 a partir de eventuais mudanças no manejo da terra. “Isso implica no consumo de fertilizantes, que foi 78% menor do que a média da categoria”, ressalta.
 
Para a coordenadora técnica do Cesb, Lorena Moura, os maiores índices de produtividade e sustentabilidade apresentados pelos vencedores acabam estimulando os profissionais da sojicultura a implantarem e aprimorarem algumas práticas de cultivo inovadoras, que possibilitem extrair o potencial máximo da cultura em suas fazendas.
 
“A cada safra, temos observado o aumento do uso do sistema de plantio direto, de microrganismos para incrementar a fixação biológica de N, de produtos biológicos e de tecnologias para auxiliar no uso racional dos insumos, por exemplo, que fomentam o aumento destas produtividades de forma sustentável“, comenta.

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