Em alusão ao mês da Consciência Negra, alunos e professores
da Estadual Professora Alzira Maria da Silva, localizada em Colíder (MT),
organizaram um sarau com apresentações artísticas, danças, palestras e
performances no pátio da escola. A comunidade escolar realiza as atividades há
doze anos.
Na edição deste ano, a escola também decidiu incluir a
questão da cultura dos povos indígenas.
De acordo com o professor de História e um dos organizadores
do sarau, Cláudio Scalon, o Dia da Consciência Negra não apenas celebra a luta
e resistência dos afrodescendentes no Brasil. “O momento é ideal para a
promoção de reflexões sobre igualdade racial e valorização da cultura, seja ela
afro ou indígena”, explicou ele.
As atividades do sarau começaram no dia 13 de novembro com
ações que continuaram em sala de aula até esta terça-feira (19.11). “Na
verdade, é uma discussão que permeia durante todo o ano letivo. Afinal, a
questão racial está presente em nosso cotidiano todos os dias”, completou
Cláudio.
O diretor da escola, o professor Luiz Lopes Consone Junior,
também destacou a conscientização de que a escola pertence a todas as culturas
nela existentes e, seus saberes culturais compartilhados, devem partir sempre
do respeito à diversidade e as diferenças.
“Há de se destacar alguns pontos relevantes da nossa
programação”, acrescentou o diretor, enumerando como destaques o envolvimento
dos estudantes, legitimidade, autenticidade e riqueza das manifestações
culturais nas palestras interativas, danças, poemas, coreografias, mostra de
artefatos e artesanato e pinturas corporais.
As ações do mês da Consciência Negra na escola tiveram apoio
de interlocutores do Conselho Municipal da Promoção da Igualdade Racial,
Unemat, lideranças dos povos indígenas, Funai, Instituto Amazonas e,
sobremaneira, dos coordenadores pedagógicos Fabiano Joaquim da Costa, Adriana
Aparecida de Carvalho Pereira e Rosa Pereira Paes, além dos demais
profissionais da educação e dos estudantes.