Alta Floresta - Quinta-Feira, 25 Dez 2025

Verão começou ontem, com previsão de menos chuvas na maior parte do Brasil

Agência Brasil

O verão teve início neste sábado (21), às 6h20 (horário de Brasília), em todo o Hemisfério Sul, marcando uma mudança nas condições climáticas, com chuvas intensas e ventos fortes. A proximidade da Terra com o Sol também resulta em dias mais longos que as noites, além de temperaturas elevadas em todo o país.

De acordo com o Prognóstico Climático de Verão, divulgado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o fenômeno La Niña, que normalmente provoca chuvas fortes no Norte e Nordeste e secas no Sul, terá uma duração mais curta nesta estação. A probabilidade de que esse fenômeno se mantenha é de 60% entre janeiro e março, reduzindo para 40% entre fevereiro e abril de 2025.

"De maneira geral, as previsões indicam que haverá chuvas abaixo da média em grande parte do país", explica a meteorologista do Inmet, Maytê Coutinho.

A Região Norte é uma exceção, com previsão de chuvas acima da média. Já no Nordeste, o volume de chuvas entre janeiro e março deverá ser menor, enquanto nas regiões Centro-Oeste e Sudeste as precipitações devem ficar dentro da média ou abaixo dela.

Chuvas mais intensas

"Apesar da previsão de chuvas abaixo da média na maior parte do país, o noroeste do Nordeste pode registrar períodos de chuvas mais volumosas durante o verão, podendo até atingir a média em algumas áreas", destaca Maytê.

Na Região Sul, onde as chuvas já são mais escassas nesta época do ano, a expectativa é de que os volumes fiquem dentro ou abaixo da média. No Rio Grande do Sul, principalmente, a previsão é de chuvas no extremo sul do estado que não ultrapassem 400 milímetros.

A meteorologista também alerta que a regularidade das chuvas nas regiões Norte e Nordeste pode ser ainda mais afetada caso as condições oceânicas atuais se mantenham.

"As águas mais quentes no Atlântico Tropical Norte e as mais frias no Atlântico Tropical Sul criam condições para que a Zona de Convergência Intertropical atue mais ao norte do que o habitual", explica.

Segundo o relatório do Inmet, essas condições climáticas podem impactar diversos setores econômicos, como a agropecuária, a geração de energia nas hidrelétricas e o abastecimento de água, comprometendo os níveis dos reservatórios.

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