Alta Floresta - Quinta-Feira, 02 Jan 2025

Estado de MT lidera mais uma vez o confinamento bovino no Brasil

Diário de Cuiabá

O Brasil encerra 2024 consolidando sua posição como um dos maiores produtores e exportadores de carne bovina do mundo.

Em um mercado cada vez mais exigente, o país se destaca pela combinação de tradição e inovação tecnológica.

Dados recentes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontam que o país deve produzir, neste ano, 10,2 milhões de toneladas de carne bovina, um aumento expressivo em relação ao ano anterior, quando o Brasil produziu 9,5 milhões de toneladas.

Além disso, o Brasil mantém seu lugar como o maior exportador de carne bovina in natura, enviando sua produção para mais de 150 países, sendo os principais compradores a China, os Estados Unidos e os Emirados Árabes Unidos.

Nesse contexto, Mato Grosso, detentor do maior rebanho bovino do Brasil, faz jus à pujança e encerra mais um ciclo, liderando o confinamento nacional.

Recentemente, a dsm-firmenich apresentou os dados mais recentes do Censo de Confinamento 2024, um mapeamento robusto elaborado pela empresa.

De acordo com o levantamento, o número de bovinos confinados em 2024 foi de 7,96 milhões, um aumento de 11% em comparação com o ano passado, quando a empresa apontou 7,2 milhões de cabeças confinadas no Brasil.

O levantamento mostra também que, desde 2015, o número de animais confinados cresceu 70%, demonstrando a crescente adoção dessa prática pelos pecuaristas brasileiros como uma estratégia para otimizar a produção de carne bovina.

Nesse ano, os cinco estados com maior volume de bovinos confinados são, respectivamente, Mato Grosso, com 1,7 milhão de animais (20% a mais sobre 2023), São Paulo, com 1,3 milhão de animais (aumento de 6,7%), Goiás, com 1,2 milhão de animais (incremento de 4,9%), Mato Grosso do Sul, com 800 mil animais (recuo de 4,4%) e Minas Gerais, com 800 mil animais (aumento de 4%).

“Acreditamos que o futuro da pecuária de corte depende de decisões fundamentadas em dados confiáveis e transparentes. Por isso, realizamos o Censo de Confinamento, uma ferramenta estratégica que monitora a evolução do setor, identifica tendências de mercado e mapeia oportunidades, permitindo um planejamento e ações mais eficazes. Com o apoio de mais de 800 pessoas do nosso time de campo, que conhecem profundamente todos os 5.570 municípios brasileiros, conseguimos oferecer uma visão precisa da capacidade produtiva nacional. O censo fortalece a cadeia produtiva e consolida o Brasil como referência global na pecuária de corte bovina, unindo tradição, inovação e sustentabilidade”, destacou Walter Patrizi, Gerente de Confinamento da dsm-firmenich.

ESFORÇOS – A relevância do setor vai além da produção: o Brasil tem liderado esforços para garantir a rastreabilidade da cadeia de carne bovina, com tecnologias que atendem às demandas dos consumidores por alimentos de qualidade e sustentáveis.

A suplementação nutricional tem desempenhado um papel essencial na evolução da pecuária brasileira.

Seja no gado de corte a pasto ou no confinamento, estratégias nutricionais adequadas são fundamentais para maximizar o desempenho animal e garantir eficiência produtiva.

João Yamaguchi, Gerente de Gado de Corte a Pasto da dsm-firmenich, destaca como a suplementação é indispensável para alcançar bons resultados em diferentes sistemas de manejo.

“Uma nutrição balanceada e adaptada às condições regionais é o que permite que os pecuaristas obtenham maior eficiência na engorda dos animais e melhorem a conversão alimentar. No sistema a pasto, por exemplo, a suplementação ajuda a suprir deficiências minerais e proteicas, garantindo o crescimento saudável dos bovinos e o incremento na produtividade, mesmo em períodos de seca ou baixa qualidade do pasto. Nosso objetivo é estar ao lado do produtor, fornecendo soluções que combinem inovação e tradição para transformar os resultados no campo”.

A pecuária leiteira brasileira, outro tema apresentado no evento, também vive um momento de transição e avanços.

Apesar dos desafios enfrentados em 2024, como a oscilação dos preços do leite e as adversidades climáticas, os produtores têm investido em tecnologia e manejo para garantir maior eficiência na produção.

Segundo Marcelo Machado, Gerente de Gado de Leite da dsm-firmenich, a modernização do setor é um reflexo direto da adoção de soluções tecnológicas e boas práticas de manejo.

Ao longo das últimas décadas, a pecuária brasileira tem evoluído para atender às exigências de um mercado global em constante mudança.

O uso de tecnologias avançadas, combinado com práticas de manejo modernas, permitiu que os produtores brasileiros aumentassem a produtividade e, ao mesmo tempo, reduzissem os custos de produção e os impactos ambientais.

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