A Assembleia Legislativa (ALMT), o Tribunal de Justiça de
Mato Grosso (TJMT) e o Instituto de Terras do Estado de Mato Grosso (Intermat)
renovaram o termo de parceria que busca dar mais agilidade aos processos de
regularização fundiária no estado. Em 2024, 18 mil escrituras de imóveis foram
viabilizadas por meio do programa Solo Seguro e mais 20 mil processos estão
prontos para serem regularizados nos cartórios mato-grossenses.
Em reunião realizada na manhã desta terça-feira (14), na
sede da Corregedoria Geral de Justiça, representantes dos três Poderes se
reuniram para formalizar a renovação da parceria para dar mais celeridade aos
processos de regularização fundiária de áreas onde não há litígios ou
conflitos.
A Assembleia Legislativa garantiu ao programa um aporte
de R$ 8 milhões, até o momento, para a regularização de áreas na região do Vale
do Rio Cuiabá. De acordo com o presidente da ALMT, deputado Eduardo Botelho
(União), houve um grande avanço no processo de regularização fundiária de áreas
pacificadas, mas ainda há muito a ser feito. “Uma mudança significativa,
viabilizada pela parceria entre os Poderes, foi a entrega das escrituras aos
proprietários. Antes, os cidadãos só recebiam o título do imóvel. Além disso, o
programa garantiu a gratuidade do processo, tornando a regularização acessível”.
O presidente do Tribunal de Justiça, desembargador José
Zuquim Nogueira, destacou a importância da iniciativa para resgatar a confiança
dos cidadãos e cidadãs. “É uma satisfação poder dar continuidade a este projeto
tão importante que resgata a autoestima das pessoas. Sem o registro, ninguém é
proprietário de nada. Este é o maior programa de regularização fundiária do
nosso estado, é um divisor de águas tanto para quem recebe a escritura, quanto
para os Poderes, que têm a oportunidade de entregar serviços à população”.
Para o corregedor-geral de Justiça do TJMT, desembargador
José Luiz Leite Lindote, o projeto tem um grande alcance social, garantindo a
quem mais precisa o acesso ao que lhe é de direito. “A nossa intenção é ampliar
essa parceria para que mais pessoas possam receber o seu título de domínio do
terreno, atingir o maior número de pessoas. Nós temos hoje 20 mil títulos em
cartórios já podendo ser entregue e o trabalho de campo em fase de
regularização, feito pelos demais consórcios municipais, é muito maior. Então
nós precisamos dar amplitude a esse projeto social”, afirmou o desembargador.
O deputado Dr. João (MDB), que será primeiro-secretário
na próxima Legislatura, afirmou que, além de justiça social, a regularização
fundiária traz liberdade para os proprietários. “É um projeto extremamente
importante para a sociedade a como um todo e o engajamento do governo do
Estado, do Tribunal de Justiça e da Assembleia fortalece muito mais
esse trabalho. Quem ganha é a população que vai conseguir a regularização
fundiária o mais rápido possível e numa quantidade muito expressiva”.
De acordo com o presidente do Intermat, Francisco
Serafim, a equipe trabalha para atualizar os dados e as metas de escrituras que
deverão ser concluídas por meio da parceria. “Nós estamos extremamente
satisfeitos e temos certeza que quem vai ganhar com isso é a é a população mais
carente do estado de Mato Grosso. A regularização fundiária atende aqueles que
necessitam ter um solo, ter uma casa, ter um terreno com segurança jurídica”.
Divulgação – O deputado Eduardo Botelho destacou a
importância de conscientizar a população sobre o programa e sobre as etapas do
processo de regularização para que as pessoas se inscrevam. “Nós propomos ao
Tribunal e ao Intermat a criação de um fluxograma para que o cidadão saiba o
que precisa fazer para acessar o programa e dar publicidade a isso. Temos
mais de 100 mil propriedades que precisam ser regularizadas e nós vamos atingir
todo o estado”.
Com a escritura de áreas, tanto urbana quanto rural, a pessoa
titular consegue acessar linhas de crédito, fazer o Cadastro Ambiental Rural
(CAR) e garantir a posse da área para seus herdeiros legais em caso de
morte.