A cultura de paz nas escolas municipais do município de
Colíder será reforçada com a chegada de mais 24 facilitadores, capacitados pela
Comarca de Colíder, entre os dias 22 e 24 de janeiro. São professores,
trabalhadores da educação e agentes públicos com um interesse em comum: serem
facilitadores do diálogo e resolução de conflitos no ambiente escolar. Este foi
o primeiro curso de formação de facilitadores de 2025 e o terceiro já realizado
pelo Comarca de Colíder.
O programa municipal de Práticas de Construção de Paz nas
escolas de Colíder foi criado por meio da Lei Municipal nº 3363/2024, com a
iniciativa do Núcleo Gestor da Justiça Restaurativa (NugJur), por meio da
Comarca local, que vem disseminando a expansão da cultura da paz em todo
Estado.
Com os novos membros, o município passa a contar com 63
facilitadores dos círculos de construção de paz. “Eles são parceiros do Poder
Judiciário na medida em que implementam as ferramentas da Justiça Restaurativa
para aprimoramento das relações interpessoais e solução de conflitos, quando
ocorrem”, explica a juíza da 1ª Vara de Colíder e diretora substituta do Fórum,
Erika Cristina Camilo Camin.
As práticas de construção de paz são ações conduzidas por
um facilitador, que promove um ambiente propício à conciliação entre as partes.
Conforme a lei municipal, o programa tem foco na solução autocompositiva e
qualificação das relações sociais, dentro e fora das salas de aula, no
tratamento de conflitos e problemas concretos.
“O objetivo dessa formação foi a instrução de professores
da rede municipal de ensino para o uso dessa ferramenta nas escolas onde
trabalham. Seja com os alunos ou com a equipe, o propósito é humanizar o
sistema de educação”, pontua a magistrada.
Os benefícios do programa refletem em um ambiente escolar
mais harmonioso na rede municipal de ensino. “O que verificamos na prática é
que o ambiente escolar possui certa complexidade, sendo necessária a atuação
dos facilitadores para auxiliar nas relações entre os alunos, professores,
humanizando o ambiente escolar”, avalia.
Os círculos escolares são conduzidos por meio de uma
abordagem metodológica com base no diálogo, sendo ela empática, com
responsabilidade e sem o julgamento de culpa. Há também o empoderamento
das partes, com fortalecimento dos vínculos e construção do senso de
pertencimento e de comunidade.