Em 2024, o Estado de Mato Grosso registrou um saldo
positivo de 25.758 novas vagas formais de trabalho, segundo dados do Cadastro
Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do
Trabalho e Emprego nesta quinta-feira (30.1).
Durante o ano, foram admitidos 651.726 trabalhadores, e
demitidos 625.968. O estoque de empregos com carteira assinada, em 2024, foi de
944.336 trabalhadores.
Mais uma vez, o setor de Serviços foi o que puxou a
contratação de trabalhadores no Estado, com saldo de 10.979 trabalhadores. Em
seguida, vêm Comércio (6.301), Indústria (6.101) e Construção Civil (3.244).
Por outro lado, a Agropecuária apresentou desempenho negativo de 863 postos de
trabalho, demitindo mais do que contratando.
Assim como no país, Mato Grosso teve resultado negativo
em dezembro, com mais demissões do que contratações, com saldo de 19.516 vagas.
No país, foram 535.547 vagas a menos.
Conforme o coordenador do Data Hub da Secretaria de
Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Vinicius Hideki, o mês de dezembro
já tem a sazonalidade de menos contratações, mas que, no ano passado, foi
aliada a elevada taxa básica de juros, desestimulando ainda mais as
contratações.
“A taxa de juros, que agora está em 13,25%, está tendo
impacto negativo nas contratações. Se as coisas continuarem nesse rumo, deve
afetar a economia de Mato Grosso e o ritmo de contratações. Se for comparar com
2023, o saldo de empregos reduziu 34%. Naquele ano, o saldo foi de 39.236
empregos”, avaliou.
Dentre os contratados em 2024, 15.714 são mulheres, e
10.044 homens. A maioria possui ensino médio completo e está com idade de 18 a
24 anos.
Os estrangeiros também foram absorvidos pelo mercado de
trabalho formal, com 2.876 vagas a mais. Foram contratados 12.103 não
brasileiros e 9.227 foram demitidos. A maior parte são homens (1.792). A
indústria é a maior empregadora dessa mão-de-obra.
O salário médio dos trabalhadores contratados em Mato
Grosso é de R$ 2.096,91, o sexto maior do país, perdendo apenas para São Paulo
(R$ 2.428,77), Distrito Federal (R$ 2.197,59), Santa Catarina (R$ 2.148,62),
Rio de Janeiro (R$ 2.141,63) e Mato Grosso do Sul (R$ 2.010,52).