Monitoramento do Centro de Previsão de Tempo e Estudos
Climáticos, do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), mostra que somente nos
primeiros 15 dias deste mês a média de chuvas registrada em Mato Grosso foi de
171,4 milímetros (mm). Esse volume equivale a 80% da média de precipitação
verificada em todo o mês de janeiro do ano passado, que foi de 215 mm.
O excesso e as intensas chuvas têm provocado estragados
em diversas cidades mato-grossenses, cenário que levou o Governo de Mato Grosso
a instituir, na sexta-feira (17), uma sala de situação para monitoramento e
atendimento à população afetada pelos temporais. A sala tem caráter temporário
e será mantida enquanto houver o alto risco de desastres em razão das
enxurradas.
“A Sala de Situação vai atuar como um centro de
coordenação em tempo real, concentrando em um único espaço os atores que vão
dar a resposta aos municípios afetados, garantindo ações mais rápidas e
eficientes para minimizar os impactos para a população”, disse o secretário
adjunto de Proteção e Defesa Civil do Estado, coronel BM César Brum.
Fazem parte da equipe técnica a Casa Civil, por meio da Secretaria
Adjunta de Defesa Civil, o Corpo de Bombeiros, a Gerência de Segurança de
Barragens da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, as Secretarias de Estado de
Assistência Social e Cidadania (Setasc) e Infraestrutura e Logística (Sinfra),
coordenadorias municipais de Defesa Civil e a Energisa.
Até a última sexta-feira (17), a Defesa Civil estadual
monitorava 16 municípios devido às chuvas intensas. Entre eles, estão Rio
Branco e Salto do Céu, que decretaram situação de emergência após o temporal
que destruiu pontes e inundou as duas localidades no último dia 12.
Também são monitoradas áreas de risco localizadas em
Cuiabá, Alto Paraguai, Nobres, Arenápolis, Barra do Bugres, Campo Novo do
Parecis, Denise, Nova Marilândia, Nova Olímpia, São José do Rio Claro, Lucas do
Rio Verde, Chapada dos Guimarães, Paranatinga e Confresa.
Os dois últimos estão em situação de emergência e
registraram inundação em ruas e casas. Conforme o Centro Nacional de
Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), Paranatinga registrou
74 milímetros de chuvas em um período de 24 horas (entre 16 e 17 deste mês). Já
em Confresa foram 135 mm.